Produto não será mais oferecido diretamente aos consumidores

Em um post no blog oficial da empresa, Andy Rubin, vice-presidente de engenharia da empresa, diz que a loja online do aparelho acabou servindo apenas como "um nicho para aficionados por tecnologia".
– Está claro que muitos consumidores gostam de pegar no aparelho antes de comprar um telefone e também querem várias opções de plano das operadoras para fazer sua escolha.
Quando o Google lançou o aparelho, que roda com o sistema operacional Android e é fabricado pela empresa taiwanesa HTC, deu aos consumidores a opção de comprar o telefone pela internet e depois contratar uma operadora. Mas duas grandes companhias americanas, a Sprint e a Verizon Wireless, decidiram não oferecer serviços para o aparelho, o que deixou o Google sem saída. Agora, o Nexus One poderá ser comprado apenas "pelos canais de venda existentes atualmente", como as lojas das operadoras.
A empresa não divulgou dados sobre as vendas do aparelho, mas dados de pesquisas indicam que o volume é bem menor do que o alcançado por concorrentes como o iPhone ou o Droid, da Motorola. O produto deve chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano.
Vendas do celular do Google ficam bem atrás do iPhone
Nexus One teve 135 mil unidades vendidas, contra 1 milhão do aparelho da Apple

nos EUA as vendas vieram abaixo do esperado pelo mercado
De acordo com um relatório da consultoria Flurry, o Google vendeu cerca de 135 mil unidades do celular nos primeiros 74 dias do aparelho no mercado, enquanto o iPhone registrou 1 milhão e o Droid ficou com 1,05 milhão de Droids no mesmo período.
As estimativas de vendas sugerem um início menos que brilhante para o plano do Google de expandir sua participação no setor de telefonia móvel. A empresa lançou o Nexus One, desenvolvido com a HTC, uma fabricante de celulares de Taiwan, em janeiro – foi a primeira vez que a gigante das buscas da internet colocou um aparelho à venda diretamente para os consumidores.
Mas o Nexus One, ao contrário do iPhone e do Droid, só está à venda pela web e não pode ser encontrado no varejo convencional. O Google também concentrou sua publicidade para o aparelho na web e não realizou as campanhas televisivas de destaque que apoiaram o lançamento do iPhone e do Droid.
Aaron Kessler, analista do Kaufman Brothers, diz que a expectativa era que o volume de vendas do produto ultrapassasse as 135 mil unidades.
– Fica claro que o Google não está esperando arrecadar muito dinheiro com a comercialização do aparelho. Não parece que a empresa tem grandes expectativas com ele.
Mas ele apontou que a estratégia mais ampla do Google para o setor de comunicação móvel é expandir a base geral de aparelhos dos diversos fabricantes que empregam o software Android para celulares inteligentes. Esse é inclusive o caso do Droid, que também usa o sistema.
De acordo com recente relatório da comScore, a participação de mercado dos celulares inteligentes equipados com o Android cresceu para 7,1% em janeiro nos Estados Unidos, ante 2,8% em outubro de 2009.
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