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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Loja começa a vender iPad em SP, mas tem de tirar produtos das prateleiras

Produto precisa de homologação da Anatel para ser oferecido ao público

Reuters
Ipad chegou às lojas nos EUA em abril

A rede de lojas Microplus, que tem três unidades em São Paulo, começou a vender o iPad, prancheta eletrônica da Apple, mas tirou os aparelhos da vitrine nesta segunda-feira (17) – a empresa diz que a decisão de oferecer o produto foi um erro. A comercialização do produto é ilegal no país, já que não há registro na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Carlos Liberman, diretor da Microplus, diz que as vendas começaram na última terça-feira (11) e que os preços variavam entre R$ 2.799, para o modelo de 16 gigabytes, e R$ 2.999, na versão com 32 gigabytes. O aparelho era oferecido na filial localizado no Shopping Villa Lobos, na zona oeste de São Paulo. Ele disse que a empresa não sabia da necessidade de homologação pela agência reguladora.

– A procura é muito grande desde o dia do lançamento. Nós consultamos vários fornecedores e encontramos um distribuidor de Brasília que tinha o iPad, mas não sabíamos desse problema na Anatel. Como vendemos produtos para redes sem fio, que seguem essas mesmas regras, e já tivemos problemas com esse tipo de coisa, resolvemos parar de vender.

Liberman diz que, em uma semana, foram vendidas duas unidades do aparelho (uma de cada modelo) e sobraram mais duas em estoque – os produtos serão devolvidos para o distribuidor, que não teve o nome revelado. A rede ainda não decidiu se vai voltar a oferecer o iPad quando o aparelho for vendido oficialmente no Brasil.

De acordo com a Anatel, qualquer aparelho que emita radiofrequência precisa de homologação da agência para ser comercializado no Brasil. Quem vende um produto não autorizado está sujeito a penas como apreensão dos aparelhos e multa – não há um valor específico, já que as condenações são analisadas caso a caso, mas a multa máxima individual que o órgão pode aplicar é de R$ 50 milhões. A decisão leva em conta fatores como a gravidade da violação cometida ou o número de pessoas afetadas.

Já o usuário de um aparelho não homologado pode ter o produto apreendido, entre outras penalidades.


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