Projeto anunciado no mês passado vai levar ao menos 45 dias para ser implantado

Foto por Agência Brasil
Telebrás diz que vai "primeiramente
discutir a penetração" e depois a velocidade
- Os efeitos do plano já existem na medida em que várias operadoras adotaram planos mais baratos, com descontos e reduções de preços. Então só de o governo anunciar que vai trabalhar nisso já provocou uma movimentação.
Deve demorar no mínimo de 45 a 60 dias para que os trâmites burocráticos da Telebrás, empresa estatal responsável pelo gerenciamento dos projetos, sejam concluídos e então o plano possa ser colocado em prática. O PNBL prevê conectar cem municípios do país ainda neste ano.
Os critérios para a escolha das primeiras cidades contempladas serão discutidos no Fórum Brasil Conectado, que começa nesta quarta-feira (23), em Brasília, e vai promover discussões periódicas até o final do ano.
Segundo o presidente da estatal, o Brasil ocupa a posição 62º no ranking mundial que mede a prontidão para a tecnologia das informações. A meta é que, até 2014, o país pule para o 4º ou 5º lugar, posição que ocupará no ranking das economias mundiais.
Banda larga concentrada
Durante debate, o coordenador dos programas de inclusão digital da Presidência da República, Cezar Alvarez disse que, hoje, a banda larga no Brasil ainda é “cara , concentrada e muito lenta”, mas rebateu as críticas à baixa velocidade proposta pelo plano. Até 2014, o governo pretende triplicar o acesso à internet por banda larga no país e quadruplicar o número de domicílios com o serviço disponível numa velocidade igual ou superior a 512 kbps, uma banda modesta para as atuais exigências da internet.
- Nós vamos primeiramente discutir a penetração. Vamos começar modestamente e depois pensamos em mais velocidade. [...] A velocidade necessária é aquela suficiente para executar aplicativos básicos para o usuário doméstico comum.
Segundo Santana, cinco empresas detêm 96% do mercado de banda larga. A solução, de acordo com o coordenador, é estimular a concorrência e estabelecer um padrão de qualidade.
- O mercado de banda larga não vai crescer nos Estados Unidos, não vai crescer na Europa. Vai crescer sim nos países emergentes. [...] Temos muito a aprender, por exemplo, com a Coreia do Sul, que apostou em determinados nichos e cresceu.
Plano Nacional da Banda Larga
Em maio, o governo lançou o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL), que tem o objetivo de popularizar a internet rápida no país, principalmente nos locais em que não há atuação das companhias telefônicas privadas.
A ideia é saltar dos atuais 12 milhões de domicílios para 40 milhões, baixando o preço do serviço para apenas R$ 15, nos casos em que sejam adotados incentivos fiscais.
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